InícioNotícias da IgrejaSão Nicolau – bispo

São Nicolau – bispo

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De são Nicolau, bispo de Mira (Lícia) no século IV, temos grande número de notícias, mas é difícil distinguir as autênticas das abundantes lendas que germinaram em torno deste santo muito popular, cuja imagem todos os anos é reproposta pelos comerciantes nas vestes de Papai Noel (Nikolaus na Alemanha e são Claus nos países anglo-saxões), um velho corado de barba branca, trazendo nas costa um saco cheio de presentes.

Sua devoção difundiu-se na Europa quando as suas supostas relíquias, roubadas de Mira por 62 soldados de Bari, e trazidas a salvo, subtraindo-as aos invasores turcos, foram colocadas com grandes honras na catedral de Bari a 9 de maio de 1807. As relíquias eram precedidas pela fama do grande taumaturgo e pelas coloridas lendas: “Nicolau — se lê na Lenda Áurea — nasceu de ricas e santas pessoas. No dia que tomou o primeiro banho, levantou-se sozinho na bacia… ”, menino de excelentes qualidades e já inclinado à ascese, pois conforme acrescenta a Lenda, nas quartas e nas sextas-feiras rejeitava o leite materno. Ficando um pouquinho maior desprezava os divertimentos e vaidades e frequentava mais a igreja.

Elevado à dignidade episcopal por inspiração sobrenatural dos bispos reunidos em concílio, o santo pastor teve cuidado do seu rebanho, distinguindo-se sobretudo pela sua generosa caridade. “Um vizinho seu chegou a tal extremo de pobreza que mandou suas três filhas virgens venderem o próprio corpo para assim não morrerem de fome…” Para que fosse evitado esse pecado, são Nicolau, passando três vezes à noite diante da casa do pobrezinho deixou cada vez uma bolsa cheia de moedas de ouro e com esse dote cada uma das filhas teve um bom marido. Sua proteção para com meninos parece devida a outro fato lendário: o bispo teria ressuscitado três meninos, mortos por um açougueiro, para fazer tenros filés.

Conta-se ainda que invocado por alguns marinheiros durante furiosa tempestade no mar, ele lhes apareceu e no mesmo instante o furacão se acalmou. Parece mesmo que com os marinheiros tinha conta aberta: durante uma carestia obteve de um navio de trigo uma grande porção para seus fiéis e depois, quando controlaram a carga, nada faltava. Na Idade Média os dramas e os jogos tiveram como protagonista o santo taumaturgo. Hoje, sob as falsas vestes do Papai Noel, são Nicolau nos lembra o grande comandante do amor.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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