Dom Alberto Ortega Martín, o novo Núncio na Venezuela, apresentou suas credenciais no Palácio de Miraflores, quinze dias depois das eleições que lançaram o país no caos. Há muitas críticas sobre o fato.
Foto: Screenshot/ Facebook/ Nicolás Maduro
Redação (16/08/2024 16:51, Gaudium Press) Às vésperas de novas manifestações contra o reconhecimento de Maduro como presidente da Venezuela, que devem ocorrer em mais de 300 cidades ao redor do mundo, neste sábado, dia 17 de agosto, as redes sociais estão repletas de críticas pelo fato que ocorreu em Caracas, no dia 14. Dom Alberto Ortega Martín, o novo Núncio na Venezuela, apresentou suas credenciais no Palácio de Miraflores, quinze dias depois das eleições que lançaram o país no caos.
Muitos afirmam que o ato de apresentar credenciais não significa que a Igreja reconheça a suposta vitória de Maduro.
Por exemplo, a mídia da Arquidiocese de Madri, Alfa y Omega, destaca que “o bispo de Madri cumpriu este gesto protocolar, apesar das dúvidas sobre os resultados das eleições” e, em seguida, cita as palavras de Dom Jesús González de Zárate, presidente do episcopado venezuelano: “a relação do governo da Venezuela com a Igreja é distante”.
No entanto, há inúmeras críticas a este gesto, descrito como como uma forma de legitimar o regime, especialmente neste momento em que diversas nações não só questionam os resultados divulgados pelo órgão eleitoral do país, mas algumas já reconheceram o candidato da oposição como presidente.
Além disso, os cardeais venezuelanos, Diego Padrón e Baltazar, compartilharam suas reflexões por escrito, nas quais manifestaram o desejo de estar mais próximos ao “nosso povo sofredor e escarnecido” e que ” foram ultrapassadas todas as barreiras que poderiam dar legitimidade ao regime”.
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