Hoje é o dia do Halloween, festa macabra na qual se comemora o aniversário de Satanás e, para que o evento seja grandioso, a cada ano aumenta o número de convidados. Você e seus filhos pequenos certamente estão entre eles. Pode ser que você até já tenha comprado a fantasia para esta festa de horrores, mas ainda dá tempo de desistir.
Redação (31/10/2023 17:08, Gaudium Press) Embora não faça parte da tradição folclórica do nosso país e de muitos outros, nas últimas décadas, o Halloween foi se incorporando à nossa cultura. E isso se deu de tal forma que se tornou um evento pelo qual as pessoas anseiam. Anda-se pelas ruas, pelos shoppings, pelo comércio e é difícil ver uma vitrine que não esteja enfeitada com as cores e as imagens desta festa que celebra o poder das trevas.
“Nossa, que exagero, seu Afonso! É uma festa inocente, até a escola dos meus filhos vai fazer, é algo para divertir as crianças. Que mal pode haver nisso?”
Se você está entre os que pensam assim, eu lhe digo que há muito mal. E se você fosse um pai verdadeiramente cristão, hoje você não levaria os seus filhos à escola. E nem permitiria que eles se vestissem com os trajes dessa festa.
Há um intenso comércio e um marketing poderoso em torno da comemoração: fantasias, enfeites, músicas, livros, conteúdos digitais e até alimentos. Mas você pode – e deve – ficar fora disso.
As cores da tristeza, da morte e da escuridão
A festa do Halloween usa basicamente duas cores: o roxo e o preto. Desde a antiguidade, a cor roxa, ou púrpura, é usada como a representação do luto, da introspecção e até mesmo da tristeza. Na época da quaresma, é usada pela Igreja Católica como símbolo do luto pelo sofrimento de Cristo.
É uma cor que remete ao recolhimento e à reflexão, tendo por objetivo a verdadeira conversão da alma. Por isso ela está presente também nas estolas usadas pelos sacerdotes durante a Unção dos Enfermos e Confissões. Afinal, uma confissão bem-feita, de espírito contrito e arrependimento sincero, pode mudar o rumo de uma vida. Após a absolvição dos pecados e a disposição de evitá-los, ocorre uma verdadeira transformação.
No entanto, a cor roxa é usada também pelos praticantes de magia negra. Notem que, quando são feitas representações de bruxos e bruxas, ou eles estão vestidos de roxo ou há elementos dessa cor nos seus trajes e no seu entorno. Dentro do esoterismo, o roxo é considerado a cor da transmutação, e está fortemente ligado ao místico, à magia e ao mistério.
Um véu que separa o mundo dos vivos e o dos mortos
Apesar de bonita, a cor roxa transmite tristeza e recolhimento, e pode também despertar o medo. Essa cor está estreitamente ligada à morte, por isso a sua presença é comum nos ambientes de velório e nos revestimentos internos dos caixões de defuntos. Funciona como um véu que separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos. E é exatamente essa cor que os adeptos do Halloween usam para fazer uma festa. Uma festa macabra, obviamente.
Junto do roxo, vem a cor da escuridão, a cor da noite, que também evoca o medo e o desconhecido. Juntas, essas duas cores formam a base do cenário da comemoração também conhecida como “festa das bruxas”. E, a partir delas, surgem as fantasias de monstros, de demônios, de bruxas, de cadáveres em decomposição, de vampiros e outros personagens de histórias de terror. É como se, neste dia do ano, as portas do inferno se abrissem e pudéssemos ter um vislumbre do pavoroso mundo das trevas se misturando com a nossa realidade.
É terrível ver crianças fantasiadas de demônios
O que mais me causa espanto não é ver adultos se fantasiando de tais coisas, afinal, temos o livre-arbítrio e cada um é dono de si e pode fazer o que quiser com a sua vida. Obviamente, com a consciência de que não há atos inconsequentes e cada um responderá pelos seus, bons ou maus.
O que realmente me assusta é ver que cada ano aumenta o número de pais que compram fantasias demoníacas para os seus filhos. Muitas vezes, criancinhas de colo, símbolo da pureza e da inocência, maculado pelo horror.
Para atrair a atenção dos pequenos, algumas fantasias parecem bonitinhas, com chifrinhos coloridos, brilhantes ou que acendem. As crianças não sabem o significado daquilo. Mas os pais, que deveriam saber e que têm a obrigação de proteger os seus filhos, vão lá e os vestem como pequenos representantes das trevas. E acham que está tudo bem, é apenas uma festinha inocente. A escola está promovendo. A creche. Que mal pode haver nisso?
Não se trata de uma festa moderna
Eu não vou me alongar em explicações sobre este assunto, vou dar apenas uma pincelada geral para que você saiba que não se trata de uma festa moderna e muito menos criada nos Estados Unidos, já que é muito usual na nossa cultura a valorização de coisas oriundas daquele país.
Trata-se de uma tradição que começou com os celtas cinco séculos antes de Cristo e envolvia sacrifícios humanos. O nome Halloween foi tomado de uma tradição cristã, referente à celebração do Dia de Todos os Santos, em 1º de novembro, com início na tarde do dia 31 de outubro: All hallow’s eve.
Para saber mais sobre o Halloween, eu sugiro que você assista a um excelente podcast produzido pelos Arautos do Evangelho. Vou deixar o link aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qADLFj1E65c
O que eu quero lhe dizer é que, mesmo que você já tenha comprado a sua fantasia ou a do seu filho para participar de alguma comemoração de Halloween, ainda dá tempo de desistir. Jogue fora e não vá para essa festa, que pode comprometer seriamente a sua vida.
Se houver comemoração na escola do seu filho e ainda der tempo, não permita que ele participe. Não vista uma criança inocente como bruxinha, capetinha, vampirinho, monstrinho. Essas fantasias, aparentemente inocentes, têm um significado oculto muito pesado e comprometedor.
Não é uma festa inocente, é satânica
Não é uma festa inocente. Não é apenas uma brincadeirinha. É uma festa satânica e as pessoas que participam dela, inclusive crianças, podem sofrer consequências, até infestações demoníacas.
Se a sua empresa vai comemorar o Halloween, como tem se tornado cada vez mais comum, não tome parte, você não é obrigado. Não precisa criticar, arrumar encrenca com ninguém. Como foi dito, cada um é livre para fazer o que quiser, mas seja autêntico. Você não precisa fazer ou participar de algo porque todo mundo está fazendo e participando. Não coloque as cores e os símbolos do Halloween nas suas redes sociais e não dê audiência para conteúdos com esse teor.
As pessoas que participam de seitas satânicas, tenham elas os nomes que tiverem, não vão deixar de participar por causa deste artigo. Na verdade, nem lerão um artigo como este. Elas sabem do que se trata e fazem porque querem, porque têm os seus pactos.
Ano novo satânico
Você, pessoa comum, certamente não participará de um ritual macabro, onde são feitos sacrifícios de animais e, em alguns casos, até de seres humanos. Rituais onde há profanação de hóstias e de símbolos sagrados e adoração ao demônio.
O convite que você recebeu é para uma festa suave, apenas uma distração, salgadinhos com refrigerante na empresa, na escola, no sindicato ou no condomínio. Uns enfeitinhos de bruxa e de demônio, umas abóboras, nada mais do que isso.
Porém, é importante que você saiba que até isso pode lhe fazer muito mal, pelo que está por trás. O dia 31 de outubro é considerado a passagem de ano dentro do satanismo, comemorado como o aniversário do próprio Satanás. E você não precisa participar da matança de gatos pretos, oferendas em cemitérios ou rituais em lugares secretos. Basta entrar no clima, enfeitar a sua casa, a sua loja, se fantasiar e fantasiar os seus filhos, alterar o status e a aparência de suas redes sociais e você já estará fazendo parte desta grande corrente do mal.
Nem tudo o que vemos é o que parece ser e há coisas que, felizmente, não vemos porque se víssemos, poderíamos não suportar.
Se você é católico, não tome parte nisso!
Como foi mencionado no podcast que eu lhe sugeri, o famoso exorcista Pe. Gabriele Amorth relatava ter atendido muitas crianças e adolescentes com problemas sérios por terem “aberto as portas ao mal” por ocasião do Halloween. E o Pe. Javier Luzón, sacerdote e exorcista da Arquidiocese de Madri, afirma que “há crianças que começam com terrores noturnos, visões estranhas, distúrbios do sono e, quando se reza por elas pedindo a cura, manifesta-se que a origem é terem participado dessas celebrações”. E diversos sacerdotes podem falar muito mais sobre isso.
Parece uma prática aparentemente inconsequente, mas não é. Portanto, se você é católico e preza pela paz da sua alma e pela segurança espiritual da sua família, não tome parte nisso.
Se recebeu algum brinde ou qualquer coisa dessa comemoração, jogue fora. E reze. Reze muito, porque, como dizem os próprios divulgadores dessa tradição: “Hoje as bruxas estão soltas”.
Porém, há muito mais do que bruxas soltas neste dia, portanto, feche bem as portas da sua casa e, sobretudo, as portas da sua alma para a influência do mal.
Não dê permissão ao demônio
Tenha em mente que o demônio não nos ataca aleatoriamente, ele precisa da nossa permissão para fazer isso e a festa do Halloween é uma das formas mais sutis e mais potentes de dar a ele a permissão que necessita.
É provável que você leia este artigo depois da comemoração do Halloween e que se sinta mal por ter participado, ainda que minimamente da comemoração, ou por ter deixado que seus filhos pequenos participassem.
Não se preocupe. Deus não desampara a ninguém. Se neste ou em outros anos você tomou parte nesse tipo de evento, confesse, peça perdão a Deus e não participe mais. Ensine aos seus filhos o real significado dessa festa e, de agora em diante, celebre, junto com eles, em todos os dias 31 de outubro, a véspera do grande Dia de Todos os Santos.
Ensine seus filhos a rezarem, a rejeitarem e temerem o mal. Uma criança que não tem medo de se vestir de demônio ou de participar de jogos e brincadeiras ocultistas, encarando isso como um simples divertimento, uma coisa normal, está a um passo de se tornar presa fácil do inimigo de Deus. Você não quer isso para os seus filhos, quer? Então, não tenha medo de contrariá-los, porque quem responderá pelo destino da alma deles é você.
Por Afonso Pessoa
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