A cerimônia de juramento celebra o sacrifício de 147 guardas suíços mortos em combate em defesa do Papa Clemente VII durante o episódio histórico do Saque de Roma, em 1527.
Cidade do Vaticano (06/05/2024 16:26, Gaudium Press) Na tarde desta segunda-feira, dia 6 de maio, trinta e quatro recrutas da Guarda Suíça Pontifícia prestaram juramento solene no Pátio São Damaso do Palácio Apostólico, localizado no Vaticano. A cerimônia de juramento foi realizada sob a bandeira do Pontifício Corpo da Guarda Suíça e na presença do representante do Santo Padre, Dom Edgar Peña Parra, substituto para Assuntos Gerais da Secretaria de Estado.
A fórmula do juramento da Guarda Suíça
Através desta cerimônia, os recrutas prometem lealdade eterna ao Papa em exercício e a todos os seus legítimos sucessores, incluindo o risco de suas próprias vidas, expressando sua devoção, lealdade e vontade absoluta de servir ao Sucessor de Pedro. Para tal, o capelão lê a fórmula do juramento:
“Juro servir, com fidelidade, lealdade e honradez, ao atual Papa e aos seus legítimos Sucessores, aos quais dedico todas as minhas forças, sacrificando, se necessário, também a minha vida pela sua defesa. Assumo o mesmo compromisso com o Colégio dos Cardeais, durante a Sé vacante. Prometo também ao Comandante e aos demais Superiores respeito, fidelidade e obediência. Com este juramento, espero que Deus e nossos Santos protetores me ajudem”.
Em seguida, os guardas respondem: “Eu, Alabardeiro…, juro observar com fidelidade, lealdade e honra tudo o que neste momento foi lido para mim. Que Deus e nossos Santos Padroeiros me ajudem!”.
Recitação das Vésperas, homenagem e uniforme de gala
O programa divulgado pela Guarda Suíça incluiu ainda a recitação das Vésperas na Igreja de Santa Maria della Pietà no Campo Santo Teutônico às 17h do dia 5 de maio, seguido pela deposição da coroa em homenagem aos guardas pontifícios que deram suas vidas no dia 6 de maio de 1527. A entrega das honras foi presidida por Dom Peña Parra na Praça dos Protomártires Romanos. O uniforme utilizado na ocasião é o de “Gran Gala”, com a armadura, que normalmente é utilizado, exclusivamente, por ocasião da Bênção papal “Urbi et Orbi“, no Natal e na Páscoa.
Esteve presente uma delegação da Confederação Suíça, encabeçada pela presidente da Confederação, Viola Amherd, junto com o presidente do Conselho Nacional, Eric Nussbaumer, e a presidente do Conselho dos Estados, Brigitte Eva Herzog. O chefe do Exército foi representado pelo Brigadeiro Jacques Frédéric Rüdin, vice-chefe do Estado-Maior do Exército, e esteve presente o representante da Conferência Episcopal Suíça, o presidente Dom Felix Gmür, Bispo de Basileia.
História do juramento da Guarda Suíça Pontifícia
No dia 22 de janeiro de 1506 um grupo de soldados suíços chegou à Praça São Pedro, enviado pelo rei católico da Suíça, para proteger o Papa, que na época era Júlio II della Rovere. Assim se iniciou o serviço da Guarda Pontifícia até hoje prestado ao Pontífice e à Igreja.
A cerimônia de juramento celebra o sacrifício de 147 guardas suíços mortos em combate em defesa do Papa Clemente VII durante o episódio histórico do Saque de Roma, em 1527, pelas tropas do imperador Carlos V.
O imperador Carlos V, apesar de ser um monarca católico, detentor da coroa imperial do Sacro Império Romano Germânico e da coroa dos reinos espanhóis, iniciou uma guerra contra os Estados Pontifícios pela aliança do Papa com o rei da França, que ameaçava sua soberania nos reinos italianos. (EPC)
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