Os missionários foram precedidos e incentivados pelas Irmãs Palotinas que chegaram um ano antes.
Maputo – Moçambique (20/02/2024 15:22, Gaudium Press) Os Padres e Irmãos Palotinos da Província Nossa Senhora Conquistadora, com sede em Santa Maria-RS, enviaram para Moçambique, inicialmente, os Padres Casimiro Facco e Gentil Lorenzoni, em janeiro de 1999. Eles chegaram ao Distrito de Zavala, nas Paróquias de Nossa Senhora do Amparo (Quissico) e Santo Antônio (Mavila), na Diocese de Inhambane, sul do país. Posteriormente, outros missionários foram enviados para esta missão.
Os missionários foram precedidos e incentivados pelas Irmãs Palotinas que chegaram um ano antes. Inicialmente o trabalho foi fundamentalmente centrado na pastoral paroquial das comunidades, urbanas e rurais, que estavam há diversos anos sem atendimento regular.
As dificuldades iniciais dos primeiros missionários estavam ligadas a pastoral, sobretudo, no desconhecimento da língua e da cultura local e da dinâmica pastoral da diocese. Infelizmente, a morte marcou o início da missão; acidentes e malária ceifaram a vida de três missionários: um padre, um consagrado temporário e um seminarista. A pobreza material também foi um elemento a ser, aos poucos, amenizado.
Apostolado e vocações nativas
O trabalho missionário, porém, foi lento, mas consistentemente aprimorado. “De um atendimento meramente sacramental, passou-se a um trabalho mais integral segundo a dinâmica de um típico cristianismo com acentos africano-moçambicanos. Assim, além da pastoral catequética, a pastoral da esperança (sepultamentos e deposições de flores), pastoral familiar, do dízimo, a pastoral da justiça e paz, da saúde e vocacional foi ampliada. Caminhando, como se diz, o caminho foi feito e ele se tornou sempre mais amplo, convicto e convincente de sul ao norte do país”, explicou padre Casimiro Facco.
Atualmente, além da primeira paróquia assumida a Província ampliou o trabalho em mais quatro paróquias (Inharrime, Matola e duas em Namuno e uma em Pemba), dois seminários (Inharrime e Matola) e muitos empenhos ao nível das comissões diocesanas de pastoral.
A frutuosa e virtuosa safra de vocacionados possibilita hoje visualizar um futuro, apesar das dificuldades, promissor. Quanto as vocações, fruto da missão, atualmente, são seis padres, dois irmãos e cerca de 30 seminaristas em todos as etapas formativas.
Tempo de celebrar
Para celebrar os 25 anos da presença missionária em Moçambique houve uma programação especial nos meses de janeiro e fevereiro de 2024. No dia 21 de janeiro ocorreu a ordenação presbiteral dos diáconos Elton Ricardo Macitela e Cândido Julião Muvale, como um marco dos frutos da missão.
No momento das homenagens, Dom Adriano Langa, Bispo Emérito da Diocese de Inhambane, afirmou: “Quero vos saudar pela vossa coragem e abertura. Em meio aos contratempos vós tivestes a coragem de continuar bem, estando com o povo, souberam acolher as orientações da diocese”.
Nos dias seguintes aconteceu um Seminário para avaliar, celebrar e refletir o futuro sustentável da missão. Também no início de fevereiro os missionários receberam a visita do Superior Geral Palotino, Padre Zanon Hannas, e do Conselheiro e Secretário Geral das Missões, Padre Daniel Rocchetti.
A messe é grande e tem um futuro promissor e comprometedor. “Assim que, rezemos ao Senhor da Messe que envie mais operários para o trabalho missionário. E, caso sinta este chamado, não tenhas medo de colocar-te a disposição”, frisou padre Jurandir Goulart Soares, referencial da animação vocacional palotina na Província.
Por Pe. Judinei Vanzeto, SAC
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