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A AÇÃO DIABÓLICA – ENTREVISTA COM O PE. AMORTH

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Faleceu no dia 16/06/2016, aos 91 anos, em Roma, o sacerdote paulino Gabriele Amorth e um dos exorcistas mais conhecidos no mundo. Autor de diversas obras sobre o tema, imprimiu um contínuo e sistemático trabalho, no âmbito da Igreja, de expor a ação diabólica sobre a natureza humana. Mobilizou esforços de toda ordem para alertar o clero sobre a crescente e profunda ação do demônio sobre a atual geração de homens e mulheres. Na entrevista reproduzida abaixo, concedida em junho de 2012 à revista católica Catolicismo, esta atuação e este alerta são exemplarmente declarados e revelam a gravidade e o profundo indiferentismo de grande parte do clero católico em relação à ação do Maligno nos tempos atuais.

Catolicismo – Todas as pessoas sofrem as insídias e as tentações diabólicas, acontecendo de uma mesma tentação voltar a repetir-se muitas vezes. Podemos dizer que tal tentação torna-se um estado de perseguição do demônio?

Pe. Amorth – Devemos distinguir a ação ordinária da ação extraordinária do demônio. A ação ordinária é a de tentar-nos. Por conseguinte, todo o campo das tentações pertence à ação ordinária diabólica à qual todos somos sujeitos e o seremos até a morte. A tal ponto somos sujeitos a essas tentações, que Jesus Cristo, fazendo-se Homem, aceitou ser tentado por Satanás, não apenas nas três tentações do deserto, mas durante toda a Sua vida, como também ocorreu com Maria Santíssima. Isto porque a tentação faz parte da condição humana. Esta é a ação ordinária do demônio, como dizia o Catecismo de São Pio X, por ódio a Deus, [o demônio] tenta o homem ao mal. Ou seja, por ódio a Deus, o demônio gostaria de arrastar-nos a todos para o inferno. A ação extraordinária, por sua vez, é uma ação rara. É aquela na qual o demônio causa distúrbios particulares. Portanto, não se trata de simples tentação. [São] distúrbios particulares que podem chegar à possessão diabólica.

 

Catolicismo – Que tipos de distúrbios podem ocorrer? V. Revma. poderia classificá-los e, ao mesmo tempo, dar as razões da existência de tais distúrbios?

Pe. Amorth – Não existem dois casos iguais. Já fiz mais de 40 mil exorcismos. Esclarecendo: não a 40 mil pessoas, pois em muitas delas eu fiz centenas e centenas de exorcismos. Pois livrar uma pessoa do demônio, geralmente, constitui um trabalho muito lento. Como escrevi no meu livro ‘Um exorcista conta-nos’, fico bastante contente quando uma pessoa se livra do demônio, após quatro ou cinco anos de exorcismos, com a média de um exorcismo por semana. Conheço pessoas que ficaram livres do demônio após 12 ou 14 anos de exorcismos seguidos. Portanto, muitos exorcismos são feitos à mesma pessoa. Uma pessoa pode levar uma vida normal com sofrimentos, de maneira que aqueles com os quais convive nem se deem conta de que está possessa. Apenas quando sobrevêm os momentos de crise, então ela se comporta de uma maneira inteiramente anormal, não podendo cumprir os seus deveres de trabalho, da família, sem excessiva dificuldade. Em alguns casos, a pessoa pode ser assaltada pelo demônio, digamos, 24 horas ao dia. Em tal caso, a pessoa não pode fazer nada. Mas são casos raríssimos. Normalmente o demônio, apenas em certos momentos, investe contra a pessoa e se manifesta, sobretudo quando é obrigado a fazê-lo durante o exorcismo.

 

Catolicismo – E qual é a causa para que o demônio permaneça mais ou menos tempo na mesma pessoa?

Pe. Amorth – A expulsão do demônio depende de uma intervenção extraordinária de Deus. Ou seja, cada expulsão do demônio constitui um verdadeiro milagre. E Deus pode praticá-lo a qualquer momento. Nós, exorcistas, podemos prever, através de algo que nos oriente, quanto tempo ser-nos-á necessário para expulsar o demônio de uma pessoa. Por exemplo, uma criança. É mais fácil expulsar o diabo de uma criança que de um adulto. O mesmo passa-se em relação a uma pessoa que nos procura logo após ter sido possuída, uma vez que o demônio ainda não teve tempo de deitar raízes naquela pessoa. O primeiro exorcismo fala em erradicar e expulsar o demônio. Ao contrário, torna-se muito mais difícil quando sou procurado por pessoas de 50, 60 anos, e ao fazer-lhes exorcismos falando com o demônio – pois eu falo diretamente com o demônio quando a pessoa está endemoninhada -, descubro que, às vezes, a pessoa era criança ou ainda se encontrava no próprio seio materno quando sofreu os primeiros ataques do Maligno.

 

Catolicismo – V. Revma., há pouco, referindo-se à expulsão do demônio de um possesso, disse que ela constitui sempre uma intervenção extraordinária de Deus

Pe. Amorth – Certo. A libertação de uma pessoa da ação do demônio constitui sempre uma intervenção extraordinária de Deus. Aliás, tenho disso um exemplo, ocorrido na semana passada. Um caso muito difícil de possessão diabólica e eu tinha razões suficientes que levavam a prever muitos anos de exorcismos para se libertar aquela alma das garras do demônio. Acontece que tal pessoa foi ao Santuário de Lourdes, na França, tomou banho na piscina, acompanhou a procissão do Santíssimo Sacramento, rezou muito. Resultado: um milagre! Voltou para casa completamente livre da possessão.

 

Catolicismo – V. Revma. poderia dar uma explicação a nossos leitores, ainda que sucinta, da necessidade do exorcismo e dos exorcistas?

Pe. Amorth – O exorcismo é constituído de várias orações oficiais feitas em nome da Igreja e Deus ouve essas orações. Com efeito, existem tantas razões para isso! O exorcismo depende muito das causas que determinaram a possessão diabólica, uma vez que estas exercem muita influência sobre o possesso. Dou-lhe um exemplo simples. Se uma pessoa se consagrou a Satanás e fez o pacto de sangue com ele, é fácil entender que ela praticou um ato voluntário de doação de si mesma ao Maligno. Então, libertar tal pessoa torna-se muito mais difícil, faz-se necessário muito mais tempo do que o empregado para libertar um inocente, que foi vítima de um malefício causado por outra pessoa.

 

Catolicismo – Pelo que V. Revma. afirmou acima, o exorcismo não constitui o único modo de uma pessoa fazer cessar a possessão. Haveria outras? Porque com a atual dificuldade em encontrar exorcistas…

Pe. Amorth – Pode-se libertar da possessão com o exorcismo, que é uma oração oficial da Igreja, mas reservada aos exorcistas – pouquíssimos, quase não encontráveis. Outra forma, aberta a todos, são as orações de libertação. No final dos meus livros eu acrescento orações de libertação que sugiro. As orações mais eficazes são as de louvor, glória a Deus. Assim nós também muitas vezes, nos próprios exorcismos, recitamos o Credo, o Glória, o Magnificat, Salmos, trechos da Bíblia, o Evangelho em que Jesus liberta os endemoninhados. Elas têm grande eficácia.

 

Catolicismo – Os demônios têm nomes?

Pe. Amorth – Quando constringidos pelo exorcista a dizer os seus nomes, costumam apresentá-los. Os que têm nomes bíblicos ou de tradição bíblica são demônios fortes e é muito mais trabalhoso exorcizá-los. Continuamente dão nomes como Satanás, Asmodeu, Lilith, denominações igualmente importantes. O nome Lúcifer é de tradição bíblica e não um nome bíblico. Ou seja, nós o atribuímos à Bíblia, mas esta não cita Lúcifer. Encontramos frequentemente um demônio de nome Zabulon. O nome Zabulon, encontramo-lo na Bíblia, mas nunca como demônio. Zabulon é uma das 12 tribos de Israel. Há um demônio, porém, que tomou posse desse nome e é um demônio fortíssimo. Encontramos nas Sagradas Escrituras o demônio Asmodeu. Deparo-me muitíssimas vezes com ele, porque é o demônio que destrói os casamentos. Ele rompe os matrimônios ou os impede. É tremendo! Uma pessoa possuída ou possessa, in genere, pode estar dominada por muitos demônios. Temos um exemplo no Evangelho, quando Nosso Senhor interroga os endemoninhados de Gerasa e pergunta: ‘Como te chamas?’ E o demônio responde: ‘Legião’, porque são muitos. Lembro o caso de um demônio fortíssimo que possuía uma freira, uma possessão tremenda (às vezes, são vítimas que se oferecem pela conversão dos pecadores e sofrem esta espécie de possessão). Quando eu lhe perguntava o número, respondia-me: ‘Milhares! Milhares! Milhares!’

 

Catolicismo – A TV, de um modo geral, com programas incentivadores de práticas de magia e espiritismo, bem como desagregadores das tradições cristãs e da família, tem colaborado ponderavelmente para o incremento do satanismo? E o rock satânico, tem concorrido para a disseminação do poder do demônio?

Pe. Amorth – Quando foi inventada a televisão, o Padre Pio ficou furioso. E a quem lhe dizia que se tratava de uma magnífica invenção, ele respondia: ‘Verá que uso farão dela!’ Com efeito, a TV é corrupção da juventude e igualmente dos velhos! Ouso acrescentar: é também a corrupção dos padres, dos sacerdotes e das freiras. Com os espetáculos contínuos de sexo, de horror, de violência… A internet é ainda pior, a internet é ainda pior, repito. Certa vez, ao fazer um exorcismo, falando com o demônio, ele dizia: ‘A televisão, fui eu que a inventei!’ Eu afirmava: ‘Não! Tu és um mentiroso! A televisão é uma grandessíssima invenção do homem. Tu inventaste o mau uso dela, a fim de corromper as pessoas’. Todos sabemos que existe o nudismo. Todos sabemos que haverá [como efetivamente ocorreu], dentro de alguns dias, uma manifestação de homossexuais! Uma demonstração do vício, o pecado que isso representa! Ali está, não há dúvida, a ação do demônio. No caso acima, existe a atividade ordinária do demônio de tentar o homem, mas também a atividade extraordinária do demônio, que se serve da ocasião para possuir as pessoas que promovem essas coisas. Quanto ao rock satânico, é tremendo. Pode conduzir à possessão diabólica porque ensina o culto a Satanás. E pouco a pouco, através do culto a Satanás, chega-se a ser possuído por ele. Satanás é esperto, introduz-se sem nunca fazer-se sentir. Pode-se começar com simples jogos de cartas, de tarôs, e, através dos jogos, saber se vai ganhar na loteria, adivinhar acontecimentos, doenças de amigos. E, pouco a pouco, vai-se sendo possuído pelo demônio. O diabo age assim: atua sem se fazer sentir…

 

Catolicismo – As doutrinas marxistas e a sua aplicação concreta contribuem, de modo considerável, para a difusão do satanismo na sociedade contemporânea?

Pe. Amorth – Sim. Tenhamos presente que assim como o demônio pode possuir uma pessoa, pode igualmente possuir uma classe de pessoas, pode assumir o governo de uma nação. Exemplifico. Estou convicto de que Hitler e Stalin, eram possuídos pelo demônio e que o nazismo – em massa – era possuído pelo Maligno. Auschwitz, Dachau: não podem ser explicadas as atrocidades cometidas nesses lugares sem se cogitar numa perfídia verdadeiramente diabólica. E não há nenhuma dúvida de que o demônio influiu muitíssimo no mundo cultural. O demônio quer distanciar o homem de Deus. Por outro lado, tivemos pela primeira vez na História um fenômeno profetizado em Fátima – em 13 de julho de 1917 – a aparição mais importante de Nossa Senhora em Fátima, aquela na qual encontram-se os segredos e em que Nossa Senhora fez ver o inferno. Nessa ocasião, entre outras coisas, profetizou: ‘Se não obedecerem as minhas palavras, a Rússia espalhará os seus erros pelo mundo’. Nunca aconteceu que o povo tivesse sido instruído para o ateísmo. Em Moscou, entretanto, existia uma universidade de ateísmo, na qual se formavam os participantes do partido e se ensinava como atuar para destruir a religião numa nação religiosa. Jamais, no passado da humanidade, ensinou-se o ateísmo. Foi uma novidade do nosso século, devido ao comunismo que espalhou o ateísmo por todo o mundo.

Catolicismo – A falta de fé seria a principal e mais profunda causa do aumento do poder satânico no mundo atual?

Pe. Amorth – Sempre. É matemático. Examinando toda a história do Antigo Testamento, a história de Israel, quando esta abandona Deus, entrega-se à idolatria. É matemático, quando se abandona a Fé, entregamo-nos à superstição. Isto aplica-se, em nossos dias, a todos nós do mundo ocidental. Tomem as velhas nações da cristandade medieval. A católica Itália, a França, a Espanha, a Áustria, a Irlanda, que uma vez foram nações cujo catolicismo era forte. Agora o catolicismo tornou-se fraquíssimo. Na Itália, de 12 a 14 milhões de italianos frequentam atualmente sessões de bruxaria e cartomantes. Há no país aproximadamente 65.000 bruxos e cartomantes, muito mais que o número de sacerdotes. Existem também na Itália de 600 a 700 seitas satânicas. E 37% da juventude italiana participaram algumas vezes de sessões espíritas, acreditando ser um mero jogo. Um movimento dirigido por um sacerdote ensina os pais como falar com os seus filhos falecidos. Isto é espiritismo puro. Em outros tempos o espiritismo exercia-se através de um médium em estado de transe, e o médium evocava a pessoa.

O espiritismo consiste em evocar um defunto para interrogá-lo e obter dele respostas. Agora não é mais necessária a presença do médium, pois pratica-se o espiritismo através do gravador, do televisor e da internet. Os dois meios mais usados são gravadores e escritura automática. A página mais lida dos jornais é o horóscopo e os cotidianos não são comprados pelos analfabetos. São os industriais, os políticos, que não tomam decisões sem antes ouvir um bruxo. Ou seja, sempre que diminui a Fé, aumenta a superstição. Por exemplo, faz-se um referendo na Itália para a defesa da família, vence o divórcio; faz-se um referendo em defesa da vida, vence o aborto. E isto na católica Itália. Não nos espantemos, Satanás é poderoso. Nosso Senhor o chama por duas vezes Príncipe deste Mundo. São Paulo o chama Deus deste mundo. São João diz: ‘Todo o mundo jaz sob o poder do Maligno’. E quando o demônio tenta Nosso Senhor, leva-O ao alto do monte, fá-Lo ver os reinos da Terra, e diz: ‘São meus, e os dou a quem quero e se tu te ajoelhares diante de mim’. Jesus não lhe responde: ‘Tu és um mentiroso, todos os reinos são de meu Pai. É Ele quem dá a quem quiser’. Não, não. A Escritura diz: ‘Tu ajoelhar-te-ás somente ante teu Deus’. Nosso Senhor não contradiz o demônio. Hoje tantos ajoelham-se diante de Satanás para obter sucesso, prazer, riquezas – as três grandes paixões do homem! E o demônio oferece o sucesso, o prazer, a riqueza, mas sempre unidos a terríveis sofrimentos. Vemos o sucesso, vemos o dinheiro. Imaginamos que aquela pessoa é feliz. Não é verdade, pois o demônio só pode praticar o mal. Por conseguinte, as pessoas que se entregam ao demônio têm o inferno nesta vida e na outra. Aqui um inferno dourado, mascarado de sucesso e, depois, o fogo eterno!

Catolicismo – Qual a influência do chamado progressismo católico nessa decadência da virtude teologal da fé?

Pe. Amorth – Hoje, infelizmente, existem teólogos e exegetas que negam até mesmo os exorcismos de Nosso Senhor. No meu último livro – Exorcismos e Psiquiatras – dedico um capítulo aos exorcistas franceses; apenas cinco de um total de 105 creem e fazem exorcismos; os outros não creem neles. Num dos seus congressos, convidaram exegetas para dizer que negam os exorcismos de Nosso Senhor. Afirmam eles tratar-se de uma linguagem apenas cultural e que o Redentor adaptava-se à mentalidade da época, mas que, na verdade, aquelas pessoas eram apenas loucas e não possessas. Essas prédicas de exegetas influíram nos espíritos dos bispos, dos padres etc.

Catolicismo – Quais as razões que levam bispos católicos a se desinteressarem inteiramente da temática demônio, abandonando assim os fiéis à ação preternatural, crescente nos dias atuais?

Pe. Amorth – Não há razão para se impressionar com a minha resposta. No Evangelho, Nosso Senhor diz que o demônio é fortíssimo. Isto está muito claro. É fortíssimo e conseguiu, com a sua habilidade, fazer-nos crer que [ele] não existe, coisa que mais lhe agrada. Porque pôde realizar isso nestes séculos – pois já faz três séculos que faltam exorcistas. E isso explica o meu combate aos bispos, aos padres que não creem na ação do demônio. Eu os critico fortemente. Julgo que 90% dos padres e dos bispos não creem na ação extraordinária do demônio. Talvez existam alguns! Talvez, talvez! No Concílio Vaticano II, alguns Bispos já afirmavam que não existia! Durante o Concílio, hein! Diante da Assembleia Conciliar! Repito: tenho por certo que 90% dos bispos e sacerdotes não creem na ação extraordinária do demônio. Razão pela qual há três séculos, na Igreja Latina, verifica-se uma escassez espantosa de exorcistas. Na Alemanha, nenhum! Na Áustria, nenhum! Na Suíça, nenhum! Na Espanha, nenhum! Em Portugal, nenhum! Quando eu digo nenhum, não estou afirmando que não existam um, dois, mas de tal maneira não são encontrados, que os considero como inexistentes. Numa cidade europeia, importante centro de peregrinação, temos uma livraria paulina. Quando lá estive, dei-me conta, através de um livreiro amigo, que dispunham do meu livro na livraria, mas escondido. Os bispos disseram-nos para tê-lo escondido, e não expô-lo! De não expô-lo! Por outro lado, há muitos bispos que não nomearam exorcistas. Um prelado famoso – o Cardeal Todini, que foi Arcebispo de Ravena – numa transmissão televisiva jactou-se de nunca ter nomeado exorcistas! Esta, infelizmente, é a situação na qual nos encontramos.

Catolicismo – V. Revma. baseia-se em alguma escola espiritual, em algum santo, para tomar uma posição tão louvável quanto destemida?

Pe. Amorth – Eu procuro seguir a linha iniciada por um santo espanhol, o Beato Francisco Palau, carmelitano, que já em 1870 veio a Roma falar sobre o exorcismo com o Papa Pio IX. Voltou depois a Roma durante as sessões do Concílio Vaticano I, para que se tratasse da necessidade de exorcistas. Com a interrupção daquele Concílio em razão da tomada de Roma, o assunto não foi sequer levantado.

Catolicismo – Pe. Amorth, que conselho V. Revma. poderia dar-nos e a nossos caros leitores para nos precavermos contra eventuais malefícios (macumbas, por exemplo) que se queiram fazer para nos prejudicar?

Pe. Amorth – O conselho número um consiste em ter Fé. Depois, viver na graça de Deus. Se se vive em estado de graça, está-se protegido, é mais difícil que a macumba nos atinja. Porém, se se é realmente atingido, é necessário recorrer-se aos exorcismos, a muitas orações, a muitos sacramentos e, com a graça de Deus, se for libertado. Mas pode ser que Deus permita que se continue no estado de possessão, para o bem espiritual da própria pessoa. Assim, São João Crisóstomo afirma que o demônio, malgrado ele próprio, é o grande santificador das almas.

Requiem aeternam dona ei, Domine, et lux perpetua luceat ei. Requiescat in pace.

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