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A Igreja sangra, Papa Francisco prefere o silencio sobre acusações e provas fortes sobre lobby gay.

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Fonte: https://fratresinunum.com/

Ornando bandeiras e outdoors de marchas gays por todo o mundo, a foto de um papa e sua frase nunca foram tão solenemente citadas entre os depredadores da cristandade, os mesmos que cometem blasfêmias e sacrilégios com símbolos cristãos, atirando-os na latrina de suas orgias.

Ninguém imaginava, porém, que a frase fosse, de fato, programática. “Quem sou eu para julgar”? A omissão não era apenas relativamente a Mons. Ricca, conhecidamente homossexual, nem apenas em relação à Austrália e ao Chile – não esqueçamos que ele defendeu Barros, dizendo que não tinha provas contra ele e acusando as vítimas de caluniadores. Em sua carta testemunho, Mons. Viganò traz à tona toda a mentira da “tolerância zero” de Francisco: ele encobriu o caso McCarrick, protegeu acobertadores como Wuerl e o está atualmente fazendo com Maradiaga. Todos cúmplices, todos amigos.

“Quem sou eu para julgar”? De fato, ele se omitiu até quando pôde, quer dizer, até o ponto em que a mídia não o permitiu mais sem manchar a sua imagem… Ele não julgou, mas a justiça americana, sim. A América, e não o Vaticano, fez justiça às vítimas.

Ontem, na viagem de retorno de Dublin, os jornalistas não pouparam Francisco:

 

O ex-núncio Viganò sustenta que lhe falou sobre os abusos cometidos pelo cardeal McCarrick. É verdade?

Eu li esta manhã aquele comunicado de Viganò. Digo sinceramente isto: lede-o vós atentamente e fazei-vos o vosso juízo pessoal. Eu não direi uma única palavra sobre isso. Creio que o documento fala por si mesmo. Tendes a capacidade jornalística suficiente de extrair as conclusões, com a vossa maturidade profissional.

Imaginem se esta resposta fosse dada por Bento XVI… Ninguém perdoaria Ratzinger por dar uma evasiva tão descarada. É vergonhoso!

Um Papa que fala de todos os assuntos possíveis com a maior desinibição, dá inúmeras entrevistas a Scalfari, nunca esclarecidas, sobre as mais inimagináveis temáticas na boca de um Papa, agora se cala! Manda os jornalistas julgarem por si mesmos e, depois, só depois, ele se pronunciará! Transparência e tolerância zero, bem, só para os inimigos. “É sobre a viagem?”, interrompe, constrangido, Bergoglio a jornalista que mal consegue esboçar a pergunta.

Algumas pessoas se lamentam de que a lama venha para fora. Acham que comentá-lo é “expor” a Igreja. Mas não há outro modo. Para que seja curada, a ferida tem de ser exposta. São décadas de ocultação complacente, décadas de corrupção dissimulada. Aliás, foi esse pensamento de que “rouba suja se lava em casa” o argumento utilizado justamente pelos acobertadores, para encobrir a sua malícia e a de seus comparsas. Quando a casa é dominada por marginais, não há outro recurso senão gritar, e bem alto!

Mas, tudo isso não se produziu por geração espontânea. Ao contrário, foi fruto de uma engenharia, pois “além das questões referentes à grave imoralidade sexual, o ambiente do seminário apresenta um grande número de outros impedimentos ao seminaristas ortodoxo. O mais óbvio e talvez o mais insidioso deles é a heterodoxia – aberta ou sutil dissidência dos ensinamentos oficiais da Igreja. Diversos professores são avessos à transmissão daquilo que a Igreja ensina e alguns nem mesmo se dão ao trabalho de esconder seu desdém do catolicismo. (…) Ainda assim, as ideias que vêm sendo ensinadas nos seminários de hoje em dia vão muito além da esfera desses próprios erros ‘padrão’ da doutrina modernista. Agressivas teorias feministas, amiúde promovidas por irmãs religiosas devotas da teologia da libertação e de várias encarnações da psicologia junguiana, deixam claro que alguns docentes encarregados da formação dos futuros padres não apoiam o sacerdócio católico tal como a Igreja o define”. Este testemunho de Michael S. Rose, em seu conhecido livro Good bye, good men (“Adeus, homens de Deus”, Ecclesiae: Campinas, 2015, pp. 105-106) se torna ainda mais dramático quando passa a exemplificar as aulas de moral sexual dadas nos seminários, em que a postura dos autores dos livros usados nestes cursos “era contrária a que a sexualidade humana seja prioritariamente concebida para a reprodução” e, portanto, apresentavam “exercícios de masturbação”; sobre a homossexualidade, apresentavam “informação detalhada e ilustrações de sexo” e discutiam “a opção de ter uma relação aberta com um parceiro sexual principal e diversos outros parceiros auxiliares”, assegurando aos seminaristas que “era importante que eles se sentissem confortáveis quanto às suas orientações sexuais, ‘quaisquer que elas fossem’” (pp. 119-121).

Em outras palavras, o problema não é o enlouquecimento espontâneo de alguns clérigos, mas a estrutura de uma formação depravada que se espalhou por toda a Igreja desde que autores heterodoxos em teologia moral destruíram a consciência dos seminaristas, e continuam destruindo.

Não bastasse isso, o sistemático desmonte da devoção e da espiritualidade fez com que a piedade litúrgica fosse “usada como outra razão para a discriminação dos seminaristas ortodoxos” (p. 135) e, sendo a liturgia pública e a devoção, privada e pública, algumas das mais óbvias expressões de fé católica nos seminários, a perversão ou o impedimento de devoções legítimas e próprias é umas das principais causas de abandono do seminário pelos seminaristas ortodoxos” (p. 146).

Sem formação ética nem espiritualidade, com muita imoralidade e perversão sexual, será imprevisível que os seminários produzissem esses cúmulos de delinquência e criminalidade?

No Brasil, tivemos um caso bastante similar, cujos bastidores foram revelados por um infiltrado de uma sociedade secreta na Igreja Católica muito conhecido nas décadas de 70 e 80 chamado Neymar de Barros. Os seus dois livretes, A verdade sobre Neymar de Barros, volumes I e II (Editora Exodus, São Paulo: 1987), contam como ele forjou sua conversão para recolher dados do clero afim de que a sociedade secreta que lhe contratara difundisse a homossexualidade entre os padres. Ele chega mesmo a apresentar uma pesquisa que realizaram acerca da porcentagem de homossexuais no clero brasileiro por volta do ano de 1978 (vol. II, p. 70).

Contudo, a carta que Francisco escreveu ao povo americano, semana passada, apresentava como núcleo do problema o clericalismo, não o homossexualismo. Acontece, porém, que ele mesmo foi vítima de suas palavras: agora, após ter ele mesmo condenado McCarrick, a quem protegera nos anos anteriores, mostra o quanto o seu clericalismo foi justamente a ferramenta mais poderosa para a difusão exponencial do homossexualismo.

No entanto, esta reprodução não foi apenas prática. Ao contrário, só foi possível graças a um respaldo teórico, vale dizer, teológico.

É este relativismo moral, personificado por Francisco em seu trágico simulacro de magistério, que viabilizou esta desgraça cujas consequências amargas se fazem sentir nos Estados Unidos e no mundo inteiro. Não se trata apenas de um erro pontual, de um vacilo do primeiro papa latino-americano. É todo um modelo de Igreja, toda uma imensa e prevalente corrente teológica surgida na primeira parte do século XX que produziu este fenômeno.

Não, não bastam as desculpas de Francisco, nem mesmo a sua renúncia, nem mesmo a penitência alegada por Viganò em sua carta. É a Igreja que precisa renunciar Francisco e tudo aquilo que ele personifica. Como dizia o bispo de Madison, estamos cansados, estamos fartos, estamos exaustos dessa canonização teológica do pecado. Que a Igreja se levante, que os bispos se levantem (a exemplo do bispo de Tyler, Texas, EUA)!

De fato, o lobby gay internacional entendeu imediatamente o significado daquela infeliz expressão na boca do pontífice e soube extrair dela todo o seu alcance. Enquanto a Igreja americana gritava de dor pelos escândalos homossexuais, no mesmíssimo final de semana, o confrade jesuíta de Bergoglio, Pe. James Martin, fazia uma apologia às duplas gays no encontro mundial das famílias, em Dublin.

Não se trata de uma omissão, mas da promoção descarada do pecado! Não é possível mais esconder que, alegando furtar-se ao julgamento, na verdade, ele deixa aberto o caminho para o delito, eximindo-se de qualquer responsabilidade. Agora, a casa caiu, a máscara caiu! Francisco já não consegue mais dissimular o seu flagrante favorecimento à causa gay, da qual se fez padrinho. Já não lhe é mais possível esconder-se nem mesmo por trás de uma pergunta retórica, de uma resposta ambígua, de uma insinuação enigmática, de um “quem sou eu para julgar?”…

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