O Vaticano divulgou a mensagem do Papa por ocasião do V Dia Mundial dos Avós e dos Idosos intitulada “Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança”.
Cidade do Vaticano (10/07/2025 17:17, Gaudium Press) Nesta quinta-feira, 10, foi divulgada a mensagem do Papa Leão XIV para o V Dia Mundial dos Avós e dos Idosos intitulada “Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança”. Nela, o Santo Padre destaca que “o Jubileu que estamos vivendo nos ajuda a descobrir que a esperança é, em todas as idades, perene fonte de alegria e quando é provada pelo fogo de uma longa existência, torna-se fonte de uma bem-aventurança plena”.
Os idosos são as primeiras testemunhas da esperança
Em seguida, Leão XIV recorda de alguns personagens bíblicos de idade avançada, “que o Senhor inclui nos seus desígnios de salvação. Deus mostra várias vezes a sua providência dirigindo-se a pessoas idosas. Com estas escolhas, Ele nos ensina que, aos seus olhos, a velhice é um tempo de bênção e graça e que, para Ele, os idosos são as primeiras testemunhas da esperança”. Segundo ele, “só se compreende a vida da Igreja e do mundo na sucessão das gerações. Por isso, abraçar um idoso ajuda-nos a entender que a história não se esgota no presente, nem em encontros rápidos e relações fragmentárias, mas se desenrola rumo ao futuro”.
O Santo Padre afirma ainda que “se é verdade que a fragilidade dos idosos precisa do vigor dos jovens, é igualmente verdade que a inexperiência dos jovens precisa do testemunho dos idosos para projetar o futuro com sabedoria. Quantas vezes os nossos avós foram para nós um exemplo de Fé e devoção, de virtudes cívicas e compromisso social, de memória e perseverança nas provações! A nossa gratidão e coerência nunca serão suficientes para agradecer este bonito legado que nos foi deixado com tanta esperança e amor”.
Há uma bem-aventurança na velhice
Leão XIV diz ainda que, dentro da perspectiva jubilar, somos chamados a viver com os idosos uma libertação, sobretudo da solidão e do abandono. “A fidelidade de Deus às suas promessas ensina-nos que há uma bem-aventurança na velhice, uma alegria autenticamente evangélica que nos convida a derrubar os muros da indiferença na qual os idosos estão frequentemente encerrados”, ressalta.
O Pontífice lamenta que a sociedade, em todas as partes do mundo, estejam frequentemente deixando uma parte tão importante e rica do seu tecido social seja marginalizada e esquecida. “Perante esta situação, é necessária uma mudança de atitude, que testemunhe uma assunção de responsabilidade por parte de toda a Igreja”. Em seguida, ele convida as paróquias, associações e grupos eclesiais a realizarem “visitas frequentes aos idosos, criando para eles e com eles redes de apoio e oração, tecendo relações que possam dar esperança e dignidade àqueles que se sentem esquecidos. A esperança cristã impele-nos continuamente a ousar mais, a pensar em grande, a não nos contentarmos com o status quo. Neste caso específico, a trabalhar por uma mudança que devolva aos idosos a estima e o afeto”.
Nada nos impede de amar, rezar e sermos sinais luminosos de esperança
Lembrando da motivação do Papa Francisco ao instituir o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, Leão XIV recordou que seu predecessor queria que esta data fosse celebrada, em primeiro lugar, encontrando aqueles que estão sozinhos. Por este motivo, os que não puderem ir até Roma em peregrinação, podem obter a indulgência jubilar visitando idosos em solidão, pois, segundo ele, “visitar um idoso é um modo de encontrar Jesus, que nos liberta da indiferença e da solidão”.
Concluindo, o Pontífice recordou o que o Papa Francisco escreveu durante sua última internação no Hospital Gemelli: ‘o nosso físico está fraco, mas, mesmo assim, nada nos impede de amar, de rezar, de nos doarmos, de sermos uns pelos outros, na Fé, sinais luminosos de esperança’. “Possuímos uma liberdade que nenhuma dificuldade pode tirar-nos: a de amar e rezar. Todos, podemos amar e rezar, sempre. O bem que desejamos às pessoas que nos são caras não desaparece quando as forças se esvaem. Pelo contrário, muitas vezes é justamente o carinho deles que desperta as nossas energias, trazendo-nos esperança e conforto. Por isso, sobretudo na velhice, perseveremos confiantes no Senhor. Deixemo-nos renovar todos os dias, na oração e na Santa Missa, pelo encontro com Ele. Transmitamos com amor a Fé que vivemos na família e nos encontros quotidianos durante tantos anos: louvemos sempre a Deus pela sua benevolência, cultivemos a unidade com as pessoas que nos são caras, abramos o nosso coração aos que estão mais longe e, em particular, aos necessitados. Assim, seremos sinais de esperança, em todas as idades”. (EPC)
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