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A oração não é uma varinha mágica: é necessário rezar com Fé, diz Papa

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A condição para uma boa oração é a humildade, um diálogo com Deus, como o Pai-Nosso e não uma varinha de condão que obriga Deus a dar sempre o que pedimos.

A condição para uma boa oração é a humildade, um diálogo com Deus, como o Pai-Nosso e não uma varinha de condão que obriga Deus a dar sempre o que pedimos.
Cidade do Vaticano (26/05/2021, 14:40, Gadium Press) Nesta quarta-feira, 26/05, o Papa Francisco voltou a falar da Oração durante a Audiência Geral que foi realizada novamente no Pátio interno do Palácio Apostólico contando com a presença de fiéis.

Dentro dessa temática que vem sendo desenvolvida, o Papa falou da certeza de ser ouvido nas orações.

“Se Deus é Pai, por que não nos ouve”?

Desta vez, ao falar da oração, Francisco levantou a questão das preces que parecem permanecer desatendidas pelo Providência e que podem ser interpretadas como sendo algo escandaloso para muitos:
Todos rezamos por alguém, pela doença de um amigo, de um familiar e, depois eles morrem, disse o Papa.

Então, alguém poderia questionar: “Se Deus é Pai, por que não nos ouve? Todos nós fazemos esta experiência”, disse Francisco.

A oração não é uma vara de condão que executa mágicas…

O Pontífice recordou que uma resposta para este questionamento está no próprio Catecismo quando ali já se adverte para o risco de a relação com Deus ser transformada em uma espécie de passe de mágica.
Isso não seria autêntica experiência de fé: “A oração não é uma varinha de condão, mas um diálogo com Deus”, disse Francisco.

Essa atitude pode conduzir para a crença de que Deus deve sempre nos servir, atender sempre nossos desejos. O contrário disso é que deve ser, nós é que devemos servir a Deus.

Que Deus deva realizar nossos desejos, sem que admitamos outros planos que Ele para conosco é algo errado.

A condição para uma boa oração é a humildade. Jesus, ao nos ensinar a rezar, sabiamente, rezou o “Pai-Nosso” onde, humildemente, Ele pede que se realizasse a vontade do Pai no mundo.

Os tempos de Deus são diferentes dos nossos tempos: porque Deus nos faz esperar?

Na oração é Deus que deve nos converter, e não nós que devemos convertê-Lo, afirmou o Papa.

“É a humildade”, devemos rezar pedindo a Deus que converta o nosso coração pedindo o que é conveniente e o que seja melhor para a minha saúde espiritual.

Porém, relembrou Francisco, permanece o “escândalo”: quando homens rezam com coração sincero, quando uma mãe reza por um filho doente, por que às vezes Deus parece não ouvir?

Para responder a esta pergunta, disse o Pontífice, é necessário meditar calmamente os Evangelhos. Jesus cura imediatamente um doente que pede piedade mas, em outras ocasiões isso não acontece, como foi aconteceu com a mulher da Cananeia, e acrescentou:

“Todos tivemos esta experiência. Quantas vezes pedimos uma graça, um milagre e nada aconteceu. Depois, com o tempo, as coisas se ajustaram, mas segundo o modo de Deus, o modo divino, não segundo o que eu queria naquele momento. O tempo de Deus não é o nosso tempo.”

Um exemplo que diz muito: não ter medo, ter Fé

Como exemplo do que dizia, Francisco recorda um exemplo do Evangelho.
Ele recorda a filha de Jairo, que acaba falecendo mesmo tendo implorado misericórdia ao Mestre. Este pareceria o final, mas Jesus diz ao pai: Não tenha medo, tenha fé.

É a fé que sustenta a oração, disse o Papa. E, com efeito, Jesus despertará a menina do sono. Mas por um período, Jairo teve que caminhar na escuridão, somente com a chama da fé. Pedir a graça de ter fé é o que devemos fazer, recomendou o Pontífice.

Francisco recorda também a oração de Jesus ao Pai, no Getsêmani: parece permanecer desatendida. Mas o Sábado Santo não é o capítulo final, porque no terceiro dia há a ressurreição: o mal é senhor do penúltimo dia, jamais do último.

Foi no último dia em que se realizaram os desejos humanos da salvação

O último dia pertence a Deus, e é o dia em que se realizarão todos os anseios humanos de salvação.

“Aprendamos esta paciência humilde de esperar a graça do Senhor, esperar o último dia. Muitas vezes o penúltimo é terrível, porque os sofrimentos humanos são terríveis. Mas o Senhor está ali. E no último dia Ele resolve tudo.” (JSG)

(Com informações VaticanNews/Foto VaticanMedia)

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