Na oração do Ângelus deste domingo, 18 de agosto, o Santo Padre explicou aos fiéis como Jesus oferece a própria vida como alimento, a fim de permitir uma vida em comunhão com Deus.
Redação (18/08/2024 11:38, Gaudium Press) Meditando o Evangelho segundo São João (Jo 6,51-58), o Papa Francisco se deteve na seguinte frase pronunciada por Jesus: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu”. Jesus se identifica com “o alimento mais comum e cotidiano”, mas uma pergunta permanece, tanto entre a multidão descrita no Evangelho quanto para os fiéis de hoje: “Como Jesus pode nos dar sua própria carne para comer?”
O Santo Padre propõe duas atitudes a serem adotadas diante desse mistério. Primeiro, “maravilhar-se, porque as palavras nos surpreendem”. Quem não compreende o estilo de Jesus fica desconfiado: parece impossível, até desumano, comer a carne de um homem e beber o seu sangue. “Ao contrário”, explicou o bispo de Roma, “carne e sangue (…) são a humanidade do Salvador, a sua própria vida oferecida como alimento para a nossa”.
Uma vez entendido isso, a “gratidão” se instala, porque “reconhecemos Jesus onde Ele se faz presente para nós e conosco”, enfatizou Francisco. “Cristo, um verdadeiro homem, sabe bem que devemos comer para viver. Mas Ele também sabe que isso não é suficiente. Depois de multiplicar os pães terrenos (cf. Jo 6, 1-14), prepara um dom ainda maior: torna-se Ele mesmo o verdadeiro alimento e bebida, prosseguiu o Santo Padre, agradecendo ao Senhor Jesus.
A Eucaristia alimenta a esperança
O “pão celestial” é necessário porque sacia “a fome de esperança, a fome de verdade, a fome de salvação que todos nós sentimos, não no estômago, mas no coração”. “Jesus cuida da maior necessidade: salva-nos, alimentando a nossa vida com a sua, para sempre”, destacou Francisco.
No entanto, “o pão vivo e verdadeiro não é algo mágico, que resolve todos os problemas de uma só vez”, advertiu o Bispo de Roma, mas “dá esperança aos pobres e vence a arrogância de quem se empanturra em detrimento deles”.
O Papa concluiu fazendo uma série de perguntas sobre as quais os fiéis devem refletir: “Tenho fome e sede de salvação, não só para mim, mas para todos os meus irmãos e irmãs? Quando recebo a Eucaristia, que é o milagre da misericórdia, sei maravilhar-me com o Corpo do Senhor, que morreu e ressuscitou por nós?”
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