Francisco usou um texto do Livro de Rute para mostrar como os laços familiares de amor produzem maravilhas.
Redação (27/04/2022 17:08, Gaudium Press) O Papa Francisco continuou, na Audiência Geral, sua catequese sobre a velhice, baseada desta vez em um texto do Livro de Rute. Quando o marido de Rute faleceu, sua sogra Noemi – viúva e cujos filhos tinham falecido – encorajou-a a regressar à sua família e encontrar um novo marido; porém, Rute se recusou a abandoná-la. A história não termina aí, mas tem diversas reviravoltas em que novas uniões familiares são estabelecidas.
“Nesta história vemos muitos elementos de conflito que são pacificados: o fato de serem mulheres e estarem sozinhas, além de sua condição de estrangeiras, torna-as vulneráveis, mas o amor e o valor que elas se dão reciprocamente superam as dificuldades. E, assim, Noemi, quando nasceu o filho de Rute e Boaz, pôde ver o futuro com esperança”, disse o Papa.
O poliedro dos afetos fundamentais
A parábola de Rute ilumina a beleza dos vínculos familiares que começam na relação entre dois esposos, mas que vão além desse vínculo e que estabelecem “laços de amor capazes de serem igualmente fortes, nos quais irradia a perfeição daquele poliedro de afetos fundamentais que formam a gramática familiar do amor”. “Esta gramática carrega seiva vital e sabedoria generativa no conjunto das relações que constroem a comunidade”, explicou Francisco.
Depois de dizer que Noemi parece mais resignada do que feliz com a oferta da nora, o pontífice lembrou que “em certos casos, a tendência dos idosos ao pessimismo precisa ser contrariada pela pressão afetuosa dos jovens”. Além disso, o Papa ressaltou que “Noemi, que estava cheia de amargura, depois revive, e em sua velhice ela conhecerá a alegria de fazer parte da geração de um novo nascimento. Veja quantos ‘milagres’ acompanham a conversão desta idosa! Ela se compromete a se colocar à disposição, com amor, para o futuro de uma geração ferida pela perda e em risco de abandono.”
“E tudo isso porque a jovem Rute insistiu em ser fiel a um vínculo exposto ao preconceito étnico e religioso.”
“Se os jovens se abrirem à gratidão pelo o que receberam e os idosos tomarem a iniciativa de relançar seu futuro, nada poderá impedir o florescimento das bênçãos de Deus entre os povos!”, concluiu o Papa.
Com informações Vatican News.
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