“Ninguém, em nome da liberdade pessoal, tem o direito de decidir sobre a vida de outro ser humano”, afirmam os prelados.
Redação (11/06/2024 18:41, Gaudium Press) A Conferência Episcopal Polonesa emitiu uma carta expressando sua oposição à ofensiva política, promovida no país, para legalizar o aborto, salientando que “ninguém, em nome da liberdade pessoal, tem o direito de decidir sobre a vida de outro ser humano”.
A Carta de Proteção à Vida, adotada durante a 398º Assembleia Plenária da Conferência dos Bispos da Polônia, em Varsóvia, foi divulgada em meio à crescente pressão de legisladores para desmantelar fortes proteções pró-vida na Polônia.
Em 12 de abril, os legisladores poloneses votaram para avançar com propostas para suspender a proibição quase total do aborto nesse tradicional país católico, conforme reportado pela AP.
Entre as alterações propostas, dois projetos de lei visam legalizar o aborto até a 12ª semana de gravidez. Outra proposta busca descriminalizar a assistência à mulher que busca o aborto, atualmente tipificado como delito passível de punição.
Os bispos asseguram que “a vida de uma pessoa humana nova e única começa na concepção, isto é, na fusão das células da mãe e do pai. A partir desse momento, todo ser humano deve ter pleno direito à proteção da vida”.
Manifestando apreensão frente às tentativas de legalização “do assassinato de crianças no ventre materno”, os bispos consideram-no “extremamente perigoso para a segurança pública” e pedem a todas as pessoas de boa vontade que se oponham a tais esforços.
A carta destaca que “como pastores da Igreja Católica na Polônia, e ao mesmo tempo cidadãos de nosso país, temos o direito e o dever de lembrar – aos fiéis da Igreja Católica e pessoas de boa vontade – que somos obrigados a respeitar os seres humanos, especialmente os mais fracos e indefesos”.
Os bispos também sublinham a importância de as famílias serem amorosas e os casamentos duradouros, de pais que protejam a vida dos nascituros. Eles prestam homenagem às mães que protegem seus filhos em situações difíceis e fazem um apelo aos pais para que cumpram seu compromisso de proteger legalmente a vida humana.
Mesmo que os projetos de lei propostos sejam aprovados pelo Parlamento polonês, eles provavelmente enfrentarão um veto do presidente Andrzej Duda, um católico devoto que permanecerá no cargo até o verão de 2025.
No mês passado, Duda vetou um projeto de lei que visava disponibilizar gratuitamente a “pílula do dia seguinte” para mulheres e meninas com 15 anos ou mais de idade.
A carta dos bispos será lida nas igrejas da Polônia, no próximo domingo, 16 de junho. Os bispos agradecem aqueles que defendem a vida e apelam a todos que “defendam firme e sacrificialmente o evangelho da vida” e rezem pela proteção da vida.
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