Manuel Bermúdez, Víctor Hugo Prada e Alejandro Rodríguez são, em suas próprias palavras, “três maridos”, depois que inscreveram sua relação poligâmica em um cartório em Medellín, Colômbia.
No documento notarial, segundo relata a revista colombiana Semana, os três homens assinalaram: “Desejamos formar um regime econômico cuja base é a relação de três pessoas que somos atualmente, porque caso não seja assim, não estaríamos levando a cabo e que de qualquer caso várias pessoas podem associar-se, independentemente da sua cor, sexo, raça, crença religiosa, etnia e inclusive uma delas pode ser comerciante e outra não, assunto que não é proibido pelas leis internacionais, nem na lei na Colômbia”.
Los tres maridos https://t.co/c0JQBwyn4k pic.twitter.com/Twe30G5LpY
— AFROINDIGENAnoticias (@AfroindigenaNot) 12 de junho de 2017
Alexander e Manuel começaram a sua relação em 1999. Um ano depois se tornaram a primeira sociedade de casal homossexual na Colômbia.
Com o tempo, ambos começaram um relacionamento com um terceiro homem, Alex Esnéider.
“Tivemos que entender que não éramos um casal de três pessoas, mas éramos três casais: Alejandro e eu, Alex e eu, Alexander e Alex”, disse Manuel à revista colombiana.
Pouco depois, Manuel e Alex foram infiéis a Alejandro com outro homem: Víctor. Depois de aceitá-lo, em 2012 tinham uma relação de quatro homens.
Depois da morte de Alex Esnéider de câncer no estômago, ficaram Manuel, Víctor e Alejandro, que decidiram apresentar a sua relação ante o notário.
Para Manuel, a poligamia não é algo raro, mas que raro é “dizer que só se pode amar uma pessoa”.
Em uma publicação em sua página de Facebook, Ángela Hernández, deputada da região de Santander e uma das principais defensoras da família na Colômbia, lamentou a situação no país e assinalou que “a institucionalidade da família tem sentença morte, por isso todos os dias recebe atentados como este”.
“É muito lamentável a decadência moral a qual chegamos, pouco a pouco chegará o momento no qual as relações de pedofilia e zoofilia serão normais”, advertiu.
“Os defensores da família somos convocados, este é o momento de levantar a voz”, concluiu Hernández.
Fonte: ACIdigital