Infanticídio aprovado
Até então no estado era permitido o aborto até a 24ª semana, porém, a Lei para a Saúde Reprodutiva a mãe pode matar a criança até às vésperas do seu nascimento. Somente dois bispos americanos se manifestaram nas redes sociais manifestando repúdio a tal lei e dizendo que as leis canônicas devem ser aplicadas aos católicos que a aprovam.
O Senado do estado de Nova York (Estados Unidos) aprovou no dia 22 de janeiro uma nova lei do aborto que permitirá esta prática durante toda a gravidez.
Esta norma permitirá aos profissionais de saúde, como praticantes de enfermaria e médicos assistentes, que realizem abortos. Além disso, endossa o aborto tardio em qualquer momento em caso de inviabilidade fetal ou “quando for necessário para proteger a vida ou a saúde de um paciente”.
Se o bebê sobreviver ao aborto, o profissional que está realizando pode deixá-lo morrer.
A lei, foi promulgada no 46°aniversário da Roe vs Wade que legalizou o aborto nos EUA em 1973, também transfere esta prática do código penal para o código de saúde.
A norma estabelece que o aborto continuará sendo legal no estado de Nova York, mesmo se a Suprema Corte reverter a decisão Roe vs. Wade.
Se a Suprema Corte reverter a decisão de Roe vs. Wade, o que poderia ocorrer após a nomeação do juiz Brett Kavanaugh, a aprovação do aborto deixará de estar nas mãos do governo federal dos Estados Unidos, mas vai depender de cada estado.
Isso seria possível porque, embora a reversão da decisão não tornasse o aborto ilegal, daria a cada estado a capacidade de decidir por si mesmo; como aconteceu em Nova York com a assinatura desta lei que permite o aborto a qualquer momento durante a gravidez.
Um governador católico
No caso, o governador de New York, Andrew Cuomo, é declaradamente católico, ao assinar a sentença de morte de milhares de crianças ele se torna cúmplice.
O direito canônico deixa claro que quem aprova, corrobora e pratica o aborto pode ser excomungado: “quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae“. (O Cânon 1398)
“A excomunhão latae sententiae significa que, no momento em que o aborto é cometido, um juiz superior (Deus) julga, condena e executa a pena. Não necessita de declaração posterior de quem quer que seja. É automática e só pode ser levantada (suprimida) com a absolvição do Bispo local ou com a de quem ele conferir essa capacidade”. Explica padre Paulo Ricardo em seu blog.
Mais à frente porém, ele deixa claro que o efeito só é válido se a pessoa tem consciência do crime que cometeu e da pena que lhe espera, no caso a excomunhão.
Quem tem direito à vida?
O aborto, além de tratar o ser humano de uma forma utilitarista, ele elimina as pessoas simplesmente pelo fato de existirem e serem quem são. Não há diferenças com os grandes crimes contra a humanidade.
Abortistas hoje não estão distantes dos nazistas, que durante a II Guerra Mundial esterilizaram cerca de 140 mil judeus além de ter assassinado 6 milhões, simplesmente pelo fato serem considerados “inferiores”.
Algo semelhante aconteceu em diversos momentos da história:
Estima-se que nos EUA 67% dos abortos são de crianças diagnosticadas com síndrome de down. Também lá, quando a mãe está grávida de trigêmeos, o bebê menor é abortado, simplesmente por ser o menor.
A China obrigou as famílias a terem meninos e abortar as meninas, por serem meninas; em Ruanda os tutsis foram dizimados por serem tutsis.
Além de abjeta tal Lei aprovada em New York é uma prática monstruosa de seleção eugenista: decide-se quem vive e quem morre, quem é capaz ou incapaz. O ser humano está se tornando a sua pior versão.
Rezemos para que o Senhor tenha misericórdia dos milhares de inocentes que perdem suas vidas no lugar onde deveriam estar mais seguros.
Fonte: Aliança de Misericórdia