No Ângelus deste domingo, Francisco frisou que a duplicidade do coração põe em risco a autenticidade do nosso testemunho.
Foto: Vatican News/ Vatican media
Redação (05/11/2023 10:56, Gaudium Press) Ao comentar sobre o Evangelho deste domingo, 5 de novembro – na Itália, a solenidade de Todos os Santos foi celebrada no dia 1º de novembro –, o Papa Francisco se deteve em dois aspectos das palavras de Jesus: “pois dizem e não fazem” (Mt 23, 3) e ” fazem todas as suas ações para serem vistos pelos homens”.
Francisco explicou que Jesus questionava a duplicidade da vida dos escribas e fariseus: “eles pregam uma coisa, mas vivem outra. Esse é o perigo a ser observado, a duplicidade do coração. Nós também temos esse perigo: essa duplicidade de coração que põe em risco a autenticidade de nosso testemunho e também nossa credibilidade como pessoas e como cristãos”.
Com efeito, o papa ressaltou que o maior perigo “é ter um coração duplo, viver com ‘um pé em dois sapatos’”, sem se preocupar com isso; especialmente quando se tem uma função de responsabilidade. “Para um sacerdote, um agente de pastoral, um político, um professor ou um pai, deve-se sempre aplicar esta regra: o que você diz, o que você prega aos outros, comprometa-se a vivê-lo primeiro. Para ser um instrutor com autoridade, é necessário ser primeiro uma testemunha confiável”.
Os escribas e fariseus estavam preocupados em esconder sua vida de falsidade para salvar sua reputação externa. Assim, para parecerem justos, muitas pessoas “maquiam o rosto, maquiam a vida, maquiam o coração. Essas pessoas ‘maquiadas’ não sabem como viver a verdade. E muitas vezes nós também somos tentados por essa duplicidade”, destacou o pontífice.
Francisco exortou os fiéis a fazerem um exame de consciência com as seguintes perguntas: “Tentamos praticar o que pregamos ou vivemos em duplicidade? Dizemos uma coisa e fazemos outra? Preocupamo-nos apenas em parecer impecáveis por fora, com maquiagem, ou cuidamos de nossa vida interior com sinceridade de coração?”
Com informações vatican.va.
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