Vale a pena tanto sofrimento nesta vida? Se não for por amor à vida eterna, de que valem tantos esforços, fama, dinheiro, trabalhos e fadigas? Para aliviar o peso da vida terrena, Deus entregou os Mandamentos. Com eles, “o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”
Redação (27/08/2021 10:41, Gaudium Press) “Disse o Senhor a um certo jovem: ‘Se queres chegar à vida, guarda os mandamentos’. Não disse: ‘Se queres chegar à vida eterna’, mas: se queres chegar à vida, chamando simplesmente vida à vida eterna.
Analisemos acima de tudo o amor a esta vida. De fato, esta vida é objeto de amor, qualquer quer seja, seja como seja, ainda que esteja cheia de tribulações e misérias, os homens têm medo de que ela acabe e, por isso, se enchem de pavor.
Daqui se pode ver e considerar o quanto se deve amar a vida eterna, pelo tão grande amor que se tem a esta vida miserável que há de terminar algum dia.
Considerai, irmãos, o quanto se deve amar a vida que nunca termina. Vós amais esta vida na qual tanto vos fatigais, correis, vos preocupais e ansiais; apenas podem contar as coisas necessárias nesta mísera vida: semear, arar, replantar, navegar, moer, cozinhar, tecer; e depois de tudo isso, vos encontrais com uma vida que se acaba. Vede quanto tendes que sofrer nesta vida miserável que tanto amais.
Por Cícero Leite
Do “Sermão 84”, de Santo Agostinho.
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