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CAPÍTULO DÉCIMO SEGUNDO Undécimo Artigo do Símbolo: A ressurreição da carne
I. Importância do Artigo, segundo as Escrituras
— O presente Artigo dá grande firmeza à verdade de nossa fé. A prova principal desta asserção é que as Escrituras não o propõem simplesmente à crença dos fiéis, mas confirmam-no também com vários argumentos.
Com raras vezes observamos que tal aconteça nos outros Artigos do Símbolo, podemos inferir que a esperança de nossa salvação se apóia neste Artigo, como que num alicerce inabalável. Com efeito, temos a argumentação do Apóstolo: “Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. Mas, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã é também a vossa fé”.
Na exposição deste Artigo, o pároco não deve ter menos zelo e amor [em defendê-lo], do que os ímpios se esforçam em destruí-lo. Mais adiante se verá que do conhecimento deste Artigo resultam grandes e apreciáveis vantagens para a vida espiritual dos cristãos.
II. Sentido do termo “carne”
1 – realça a imortalidade da alma.
— Inicialmente, é digno de nota que, neste Artigo, a ressurreição dos homens se chama ressurreição da carne. E nisso houve intenção. Era um ponto fundamental que os Apóstolos queriam assim realçar a imortalidade da alma.
De muitos lugares da Escritura, consta expressamente que a alma é imortal. Ora, o Artigo só fala de uma ressurreição da carne, para ninguém supor que a alma perece juntamente com o corpo, e que com o corpo há de recuperar nova vida.
2 – significa o homem todo
Verdade é que, na linguagem da Escritura, a expressão “carne” designa muitas vezes o homem todo, como se lê em Isaías: “Toda a carne é feno”; ou em São João: “E o Verbo Se fez carne”.
Mas, neste Artigo, o termo “carne” significa corpo. Dá-nos, pois, a entender que das duas partes, alma e corpo, componentes da natureza humana, apenas uma – isto é, o corpo – se desfaz e torna ao pó da terra, do qual formado, enquanto a alma se conserva livre de toda corrupção.
Como ninguém pode ressuscitar, sem ter morrido, não é em sentido próprio que se fala de uma ressurreição da alma.
3 – rebate a heresia de Himeneu e Fileto
Empregou-se o termo “carne” também para rebater a heresia de Himeneu e Fileto, a qual apareceu ainda em vida do Apóstolo. Afirmavam eles que, falando a Escritura de ressurreição, não é para se entender da ressurreição corporal, mas da espiritual que faz ressurgir, da morte do pecado, para a vida da graça e inocência.
É pois evidente que o teor do presente Artigo exclui esse erro, e confirma a realidade da ressurreição corporal.
III. Provas da Ressurreição
1. Fatos bíblicos e históricos
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