O Vaticano está se mostrando preocupado com questões de segurança, pois recentes declarações feitas em vídeo pela organização terrorista Estado Islâmico tem como alvo o Sumo Pontífice da Igreja Católica Romana, Papa Francisco, além da própria Santa Sé.
Os terroristas do grupo têm lançando constantemente vídeos com ameaças, e devido a isso o Vaticano admitiu que é, de fato, um alvo para o #Estado Islâmico, devido obviamente a questões religiosas.
O cardeal Pietro Parolin, italiano de nascimento, e que desempenhou um papel de grande importância na aproximação entre Estados Unidos e Cuba mediada pelo Vaticano, em 2014, disse recentemente que a sede da Igreja Católica está considerando seriamente aumentar sua segurança, dentro de suas fronteiras e em áreas adjacentes.
Parolin declarou: “O Vaticano poderia ser um alvo por causa de seu significado religioso, e somos capazes de aumentar o nível de segurança dentro do Vaticano e na área circundante. Mas não vamos nos deixar paralisar pelo medo”.*
Acredita-se que a atual intenção do grupo jihadista de realizar ações em Roma, e mais especificamente, na Cidade do Vaticano, deva-se tanto às recentes declarações do Papa Francisco, condenando os ataques terroristas realizados em Paris no mês passado, como pelo fato de o país ser a capital mundial do catolicismo. Na época dos ataques, que resultaram em 130 pessoas inocentes mortas, o Papa Francisco disse: “Essa barbaridade nos deixa espantados, e nos perguntamos como o coração humano pode planejar e realizar tais eventos horríveis. Não há justificativas para essas coisas.” *
Vídeo com ameaças
Em um dos mais recentes vídeos divulgados pelo Estado Islâmico, são vistos tanques de guerra avançando para um Coliseu em ruínas, onde a organização criminosa promete uma “batalha final”, claramente de cunho religioso.
No vídeo, também é mostrada a Basílica de São Pedro envolta em uma luz estranha, alaranjada. Então, o narrador do vídeo afirma que o Estado Islâmico vai assumir o controle de Roma, destruindo crucifixos e escravizando mulheres cristãs.
Porém, o chefe de segurança do Papa Francisco, Domenico Giani, afirmou que o pontífice não vai mudar seus hábitos em função de quaisquer ameaças, e declarou: “O Santo Padre não pretende abandonar o estilo de seu pontificado, que é baseado na proximidade, ou seja, em um encontro direto com o maior número de pessoas possível”.