Aquele que o come e o bebe indignamente, sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação (1Cor 11, 29).
Redação (12/12/2024 10:12, Gaudium Press) Os meios de comunicação registraram o momento em que Brigitte Macron, a companheira do atual presidente francês Macron, se aproximou para receber a comunhão na missa de reinauguração da Catedral Notre-Dame de Paris.
Entretanto, a situação conjugal da esposa do presidente é de conhecimento público: ela se casou com André-Louis Auzière em junho de 1974, com quem tem três filhos. Ela se separou em 1994 e se divorciou em 2006. Um ano após o divórcio, ela contraiu união civil com seu ex-aluno Macron. Seu primeiro marido faleceu em 2019.
Diante desse contexto, há duas possibilidades: ou após a morte de seu marido Auzière, ela regularizou sua situação perante a Igreja, ou o que ocorreu em Notre-Dame foi simplesmente uma comunhão sacrílega escandalosa, uma vez que “não sejam admitidos à sagrada comunhão os excomungados e os interditos, depois da aplicação ou declaração da pena, e outros que obstinadamente perseverem em pecado grave manifesto” (CIC can. 915).
Dado o escândalo gerado, os envolvidos devem esclarecer toda a situação, a fim de que a comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo não se torne um mero ato social, pois “todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor; uma vez que aquele que o come e o bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação (1Cor 11, 27-29).
Recentemente tem sido notícia também a persistência de Nancy Pelosi, ex-presidente do Congresso dos EUA, em receber a comunhão sacramental.
O caso de Pelosi reveste-se de especial relevância porque ela, sendo uma ferrenha defensora do aborto, foi publicamente proibida por seu bispo, o Dom Salvatore Cordileone, de receber a comunhão, precisamente porque suas ações representam um “escândalo público”. A proibição do arcebispo Cordileone tinha por objetivo convidar a representante da Câmara a uma “conversão de coração”.
Porém, Pelosi é uma católica singular, ela possuiu uma religião adaptada a suas conveniências, e declarou ao National Catholic Register que continua a receber a comunhão apesar da proibição imposta por Cordileone: “De qualquer jeito, eu recebo a comunhão. Isso é problema dele, não meu”. Para ela, sua fé é uma relação pessoal com Cristo.
Na entrevista, ela também se referiu à renovação do acordo China-Vaticano, ao qual ela se opõe, e afirmou que transmitiu ao núncio as preocupações de vários congressistas a respeito.
Mas aqui vamos nós, comunhão para mulheres divorciadas (enquanto não se publique o contrário), e comunhão para abortistas proibidas por seu bispo. Tudo indica que há uma falta de catequese sobre o Santíssimo Sacramento do Altar.
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