O Hospital Pediátrico Bambino Gesù é o maior da Europa e considera que acolher casos como o de Charlie faz parte de sua missão
O Hospital Pediátrico Bambino Gesù, que se localiza em Roma e é gerido pelo Vaticano, se colocou à disposição para receber o bebê Charlie Gard, se os seus pais assim quiserem e se as autoridades do Reino Unido permitirem. Charlie, de dez meses, está no centro de uma polêmica que ganhou repercussão mundial desde que o Judiciário britânico deu aval à decisão do hospital em que está internado, em Londres, de não permitir que os seus pais o levem aos Estados Unidos para tentar um tratamento experimental.
Mariella Enoc, presidente do Bambino Gesù, publicou uma nota nesta segunda-feira (03/07) em que diz ter pedido ao diretor sanitário do hospital que verifique com o Great Ormond Street Hospital, onde Charlie está internado desde outubro de 2016, se o bebê está em condições de ser transferido para Roma.
Enoc recordou o tweet publicado pelo papa Francisco no último dia 30, em que o pontífice dizia: “Defender a vida humana, especialmente quando está ferida pela enfermidade, é um compromisso de amor que Deus confia a cada pessoa”. “As palavras do Santo Padre, a respeito do pequeno Charlie, resumem bem a missão do hospital Bambino Gesù”, escreveu a presidente da instituição.
“Sabemos que o caso é dramático e que, ao que parece, não há tratamento efetivo. Estamos próximos aos pais através da oração e, se eles assim quiserem, estamos prontos para receber seu filho em nosso hospital pelo tempo que lhe resta para viver”, afirmou Enoc.
Fundado em 1869, o hospital pertence à Santa Sé e o terreno em que está localizado, na capital italiana, é considerado extraterritorial e sob total jurisdição do Estado da Cidade do Vaticano. O Bambino Gesù é considerado o maior hospital pediátrico da Europa. Enoc, de 72 anos, dirige a instituição desde 2015.
Além de se pronunciar indiretamente no Twitter, o papa ainda declarou por meio de uma nota que “acompanha com afeto e comoção o caso do pequeno Charlie Gard e expressa sua proximidade aos pais”. Francisco espera “que não se negligencie o seu desejo de acompanhar e tratar o próprio bebê até o fim”.
Com informações de Zenit